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AEMINHO associa-se à iniciativa da Business Round Table Portugal e convoca os seus associados a incluírem nos recibos dos vencimentos dos seus trabalhadores a informação do custo e valor do trabalho

Braga, 25 de Julho de 2024: A Associação Empresarial do Minho (AEMINHO) associou-se à iniciativa da Business Round Table Portugal, com quem mantém uma parceria desde a sua fundação, convocando os empresários associados a incluírem nos recibos de vencimentos dos trabalhadores, de uma forma gráfica, intuitiva e percetível, a informação relativa ao custo real do trabalhador para a empresa. Desta forma ficarão representados graficamente, alem da informação que já vem dos descontos ou retenções que os trabalhadores realizam, os encargos fiscais que as empresas têm por cada trabalhador, dando corpo visual à proporção do que o trabalhador recebe de facto, em comparação com o que o Estado angaria.

A AEMINHO irá comunicar a todos os seus associados este desafio, auxiliando-os nos processos necessários para que se concretize. A própria associação irá incluir este sistema de imediato, nos recibos de vencimento dos seus próprios trabalhadores.

“A literacia fiscal num sistema tão complexo como o nosso, é um processo imenso e difícil, desde logo porque sistema é, na minha perspetiva, propositadamente complexo para ser inelegível. As empresas têm o dever de corporizarem a mudança, o conhecimento, mas também a perceção dos trabalhadores, nomeadamente neste tema que os afeta diretamente. É importante que a sociedade entenda, em termos absolutos, mas também relativos, o esforço que faz nas contribuições que presta. É também importante que o trabalhador

tenha noção de quanto custa à empresa, porque esse é, de facto o valor que a empresa atribui ao seu trabalho. Neste campo e numa época em que o valor dos salários está na ordem do dia, importa clarificar que o valor que o trabalhador entende que a empresa lhe dá, em função do que recebe de facto, tem uma disparidade significativa em relação ao valor que de facto a empresa lhe atribui pelo custo que ele tem. Não podemos persistir na retórica de que as empresas não valorizam o trabalho, sem vermos qual é o valor real do mesmo.

Por outro lado, não podemos criar uma maior consciência fiscal na sociedade portuguesa, se não a tornarmos alcançável. Com isto quero felicitar a BRP Portugal pela iniciativa, como fiz aliás, diretamente e associar a AEMINHO à mesma. Se queremos ser agentes de mudança e transformação, não podemos fazê-lo só com palavras e intenções, temos de agir.”, refere Ramiro Brito, Presidente da AEMINHO.


25/07/2024