Correio do Minho: “Falta de coesão territorial é o grande problema nacional”
Marcelo Rebelo de Sousa participou ontem na conferência ‘Estado da Arte - O Minho no Portugal de Amanhã’, sessão promovida pela AEMinho cuja palavra de ordem foi “coesão territorial”.
“Coesão” foi a palavra de ordem na conferência ‘Estado da Arte - O Minho no Portugal de Amanhã’. A sessão, que assinalou o 2.º aniversário da Associação Empresarial do Minho (AEMinho), contou com a participação do Presidente da República, que apontou a “falta de coesão como o grande problema nacional”, e destacou o “impressionante salto dado pelo Minho” e ainda “o peso que esta região representa na economia portuguesa”.
O Forte de Santiago da Barra, em Viana do Castelo, foi o palco escolhido para este encontro que além de Marcelo Rebelo de Sousa, juntou ainda a ministra da Coesão Territorial, o eurodeputado José Manuel Fernandes, Luís Nobre, presidente da câmara de Viana do Castelo, e Armindo Monteiro, presidente da CIP. Num debate estiveram ainda reunidos Pedro Siza Vieira, Cecília Meireles, Luís Braga da Cruz, e Isabel Furtado.
Na sessão de boas-vindas, o presidente da AEMinho sublinhou “o papel activo” que esta associação empresarial assume na região, dando “sinais de confiança e credibilidade”, e lutando pela “coesão dos 24 concelhos que compõem o Minho”. “Hoje a partir do Minho damos um sinal claro. Com esta conferência vimos discutir o papel da coesão, da cooperação de uma região como um todo, e de que forma esta região pode contribuir para termos um Portugal que possa estar a lutar pelos lugares cimeiros no pelotão europeu”, afirmou Ricardo Costa.
Também Marcelo Rebelo de Sousa destacou a necessidade de “reforçar a coesão num país que é ainda muito desigual”, tendo apontado o Alto Minho como um dos mais prejudicados por essa desigualdade. Por outro lado, enalteceu “o impressionante salto dado pelo Minho e o peso desta região na economia portuguesa”.
O Presidente da República afirmou estar “mais feliz” com a execução dos fundos comunitários, mas alertou que é preciso acelerar a sua aplicação por ser uma “oportunidade única” face à situação do mundo e da Europa.
Na mesma linha de pensamento, o eurodeputado José Manuel Fernandes, defendeu que “não podemos perder a tempestade de milhões que temos disponível. É uma oportunidade única e irrepetível. Nunca tivemos tantos milhões à nossa disposição. Estou certo que vão ser gastos. Mas gastar não é investir. Os fundos têm de ser mais-valias e não podem servir para substituir o orçamento de Estado como infelizmente está a acontecer”.
José Manuel Fernandes sublinhou que é necessário “convergir com a União Europeia sem nunca esquecer a coesão territorial e social. O Governo não tem envolvido os empresários e demais beneficiários dos fundos na elaboração do PRR e Portugal 2030 para termos projectos de qualidade. Felizmente temos em Portugal, e sobretudo no Minho, empresários de grande qualidade, empreendedores e competitivos. Não é por acaso que há cinco municípios do Minho no top 10 nacional em termos de exportações”, acrescentou.
Na tarde de ontem, a AEMinho inaugurou ainda em Viana do Castelo, a obra ‘Seiva’, de Acácio Viegas, em jeito de homenageou os trabalhadores do Minho. O autarca vianense que acompanhou estes momentos destacou “o empenho de Ricardo Costa em criar parcerias em prol de um movimento empresarial forte, contribuindo para aprofundar a coesão entre todos os agentes do território”, disse Luís Nobre.
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26/05/2023