Jornal de Notícias: "Empresas do Minho querem criar sinergias para descentralizar investimentos"
A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) vai defender junto do Ministério da Economia a junção das comunidades intermunicipais do Alto Minho, do Cávado e do Ave, como forma de "construir uma visão estratégica comum para a região do Minho".
Em comunicado, o presidente da AEMinho, Ricardo Costa, sustenta que "a visão integrada da região permitiria otimizar os investimentos públicos e/ou estruturais e alcançar projetos de maior envergadura para a região". De acordo com os dados de 2021, citados pela Associação, a região minhota alberga cerca de 130 mil empresas, que 475 mil pessoas e exportam 10,6 milhões de euros.
Consciente das assimetrias no que diz respeito à distribuição do investimento "tradicionalmente direcionado para Porto e Lisboa", Ricardo Costa garante que "a divisão apenas favorece o centralismo, que tem ditado o desperdício de verbas e oportunidades".
O organismo vai apresentar o assunto ao Ministério de António Costa Silva em reunião agendada para 21 de março. O Minho representa 29% do volume de negócios e 38% das exportações da Região Norte, além de que tem um peso de 15% no Produto Interno Bruto do país.
"O estabelecimento de planos de mobilidade, infraestruturas empresariais, energéticas, entre outras, seria estrutural para o desenvolvimento, não apenas das cidades do Quadrilátero Urbano (Braga, Guimarães, Famalicão e Barcelos), mas também da região que as envolve. Iria permitir uma maior mobilidade de trabalho, e escamotear e facilitar a resolução do problema do custo de vida e habitação nos grandes centros (nomeadamente Braga), na medida em que seria fácil para um trabalhador de qualquer empresa viver em zonas mais periféricas porque o sistema de mobilidade lhe permitia deslocar-se sem problema para o seu trabalho".
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22/02/2023