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O Minho: Braga e Viana inauguram monumentos em homenagem aos trabalhadores do Minho

Esculturas "gémeas" nas duas cidades elogiadas por Marcelo

A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) homenageou os trabalhadores do Minho com a inauguração de uma escultura. Integrada no programa da Semana da Economia, a inauguração da obra “Seiva”, de Acácio Viegas, decorreu em Braga e em Viana do Castelo

O artista Acácio Viegas, professor do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, partilhou o significado das suas escolhas. Uma peça com forte ligação à natureza e paisagem local, que surgiu do reconhecimento do trabalhador minhoto como ético, disciplinado, abnegado e espiritual. “Os braços que suportam os vidros simbolizam a força e a disponibilidade do trabalhador e a transparência simboliza a alma, mas também a visão sem ilusões”, e ainda, as raízes evocam a rede de interação que age como apoio mútuo entre os trabalhadores. A segunda peça convida a sentar e contemplar. 


O Presidente da República esteve presente na inauguração em Viana do Castelo, junto ao Centro Cultural da cidade. “Olha-se para o monumento, o símbolo e consegue-se compatibilizar o abstrato e o figurativo, o passado e o futuro. Liga as raízes com o futuro e o grande mérito desta escultura está no facto de, daqui a 10 ou 20 anos, se olhar para ela e continuar atual. É uma escultura suficientemente rica”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa.


Citado em comunicado, Ricardo Costa, destacou a relação com a Câmara Municipal de Braga, que tem sido “um ponto de encontro para os objetivos de desenvolvimento da região”. A AEMinho declarou que “nasceu minhota e luta por um Minho unido” e a aproximação dos 24 concelhos foi o intuito primordial desta iniciativa. Assim, esta obra associa coesão territorial, a importância das pessoas e a cultura. Para o presidente da Associação Empresarial, o simbolismo da obra de arte reflete as pessoas como o centro das organizações – “Nós, na AEMinho, somos pelo trabalho digno”.   

O presidente do Município de Braga e da InvestBraga valorizou a obra de arte como uma manifestação de justiça “por aqueles que verdadeiramente se dedicam e pelo talento que dispõem”, apelando à responsabilidade dos empresários com os trabalhadores. 


Ricardo Rio salientou a importância da criação de emprego e de boas condições laborais. Braga tem evoluído muito positivamente nos dados do desemprego, tendo criado 10.000 postos de trabalho desde 2014, acompanhado de um crescimento populacional. Quanto aos dados de bem-estar social, o edil afirma que serão incluídos na próxima Semana da Economia de Braga, no ano de 2024, dado que “isso é que demonstra o desenvolvimento do município”. 

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social referiu-se à obra como “uma forma de valorizar o que é essencial”. Reconhecer quem trabalha, atrair e fixar o talento é o maior desafio enquanto nação. Ana Mendes Godinho lembrou que os valores que inspiram esta obra devem ser garantidos de modo a posicionar Portugal como destino onde há boas condições para viver e trabalhar. 


A ministra aponta para a necessidade de “conseguir reganhar a confiança daqueles que emigraram para trabalhar”, lembrando o programa Regressar, e garantir, face aos desafios de revolução digital e ambiental, uma “reconversão e qualificação dos trabalhadores para um crescimento inclusivo”.


Por último, “atrair estrangeiros para trabalhar em Portugal”, assegurando condições de dignidade e integração. Sobre a evolução do mercado de trabalho no país, registou que existem, desde 2014, “mais um milhão de trabalhadores ativos, a descontar para a segurança social em Portugal, sendo que desses, 50% são estrangeiros”.  


Em tom de conclusão, reforçou a necessidade de compromisso de todas as partes, tendo destacado a cessação do Fundo de Compensação ao Trabalho, com a mobilização desse capital para investimento e apoio à habitação dos trabalhadores. A criação de creches foi apontada como outra medida, que liberta os pais para o mercado de trabalho, garante um maior rendimento das famílias jovens e são essenciais “para quebrar ciclos de pobreza nas crianças, porque passam a entrar num sistema de desenvolvimento coletivo, garantindo igualdade de oportunidades”.


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26/05/2023